Prova Ciclística 9 de Julho
Prova Ciclística 9 de Julho | |
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Região | São Paulo |
Data | 9 de Julho |
Tipo | Etapa única |
História | |
Primeira Edição | 1933 |
Número de Edições | 72 |
Primeiro Vencedor | José Magnani |
Mais Vitórias | Masculino: José Magnani Ailton Souza Rolando Montesi Wanderley Magalhães Francisco Ramon Chamorro (3 vezes) Feminino: Cláudia Carceroni Saintagne (4 vezes) |
Último Vencedor | Francisco Ramon Chamorro Luciene Ferreira da Silva |
Informações gerais | |
Organizador | Fundação Cásper Líbero |
Site oficial | http://www.gazetaesportiva.com/prova9dejulho/ |
A Prova Ciclística 9 de Julho é uma competição de ciclismo[1] de estrada disputada somente em um dia (9 de julho), na cidade de São Paulo, sendo considerada uma das provas mais importantes do Brasil.
A competição foi instituída no ano de 1932 pelo jornalista Cásper Líbero para homenagear a Revolução Constitucionalista, que aconteceu no Estado de São Paulo. Sua primeira edição ocorreu em 1933 e já fez parte do calendário UCI America Tour. Atualmente, acontece com disputas nas categorias elite masculino, elite feminino, federados masculino e feminino e aspirantes masculino e feminino[1]
Categorias
Aspirantes
Desta categoria, fazem parte os atletas que utilizam a bicicleta (podendo ser de qualquer modelo) como instrumento de atividade esportiva e possuem aptidão para controlá-la com velocidade. A distância a ser percorrida é de uma volta, que é aproximadamente 28,3 km.[1]
O número máximo de atletas no pelotão de aspirantes masculinos é de 2.410 atletas, enquanto o número máximo de atletas no pelotão de aspirantes femininos é de 640 vagas.
Federados
Desta categoria, fazem parte, os atletas que possuem um currículo de tempo mínimo em Provas OFICIAIS, obrigatoriamente válidos/confirmados nos últimos doze meses, contados a partir da data de preenchimento do cadastro e estar inscrito na Federação Paulista de Ciclismo ou na Federação de outros estados. A distância a ser percorrida é de 4 (quatro) voltas, que são aproximadamente 96,4 quilômetros.[1]
O número máximo de atletas no pelotão de Federados masculino é de 400 vagas, enquanto no pelotão de Federados femininos é de 150 vagas.
Elite
Desta categoria, fazem parte os atletas que possuem um currículo de tempo mínimo em Provas OFICIAIS, obrigatoriamente válidos/confirmados nos últimos 12 (doze) meses, contados a partir da data de preenchimento do cadastro, e o tempo mínimo, comprovado em ao menos 2 (dois) eventos, seguindo o critério "tempo referencial", definido pela organização e estar inscrito na Federação Paulista de Ciclismo ou na federação de outros estados.
O número de voltas é diferente para homens e mulheres, as mulheres percorrem 3 (três voltas) que são aproximadamente 73,7 quilômetros, enquanto os homens percorrem 4 (quatro) voltas, 96,4 quilômetros. O máximo de atletas para o pelotão Elite masculino é de 325 vagas, e o pelotão Elite feminino tem em contra partida 75 vagas.[1]
História
A prova inicialmente foi criada em 1933 pelo jornalista Cásper Líbero[1], que trabalhava no diário esportivo Gazeta Esportiva e decidiu criar a competição para homenagear a Revolução Constitucionalista de 1932,[1] que ficou marcada na história paulista pelas reações da população do estado de São Paulo em revolta ao então Governo Provisório do Getúlio Vargas, o qual se estendeu por dois anos na década de 1932 mesmo não havendo eleições por parte da população paulista[1]. Tornou-se, logo de início, uma das provas mais importantes do Brasil. Anteriormente, a participação era restrita apenas a atletas de maior categoria e alguns convidados de outros estados, a fim de garantir sua competitividade.[1] Em 1947, a competição foi denominada "Prova Ciclística Internacional 9 de Julho", contando com a presença de argentinos e uruguaios, mas depois passaram a comparecer representantes de mais de 15 países, sendo o primeiro a cruzar na linha de chegada o argentino Jorge Oliveira, em 1948. Somente em 1985 as mulheres passaram a poder participar da prova de ciclismo.[1]
Atualmente, a competição engloba diversos públicos, já que é disputada em três categorias diferentes: a categoria de aspirantes, ou seja, pessoas que utilizam bicicleta como instrumento de lazer, podendo fazer parte dessa categoria todos os atletas que utilizam a bicicleta como instrumento para atividades esportivas e são capazes de controlar a bicicleta em velocidade[1]; a de atletas federados, com experiência em provas oficiais, em que a categoria é aplicada àqueles que possuem currículo de tempos mínimos em provas oficiais, obrigatoriamente válidos nos últimos 12 meses[1]; e a de elite, que exige toda a documentação e o histórico de ciclismo do participante, que deve possuir currículo de tempos mínimos em provas oficiais, o tempo mínimo comprovado em, ao menos, 2 eventos, seguindo o critério de tempo referencial definido pela organização[1], fato que, consequentemente, torna a categoria mais disputada da competição[1]. A disputa masculina fez parte do UCI America Tour na categoria 1.2 entre os anos de 2005 a 2010. No calendário nacional da CBC, a prova recebe a categoria 3, a mais alta para provas de um dia. A competição feminina vem acontecendo desde 1990, tendo a atleta Flávia Salvi como a primeira campeã. Vale ressaltar também que a premiação é dada do primeiro ao quinto lugar de cada segmento[2].
Entre 2012 e 2014, a denominação oficial da prova não pôde ser utilizada devido a problemas burocráticos[3]. Logo, uma nova prova foi criada para substituí-la, chamada GP São Paulo Internacional de Ciclismo. Era considerada por muitos como a mesma prova, diferindo apenas em nome.[4] Em 2015, a prova passou novamente a utilizar o nome original e voltou a ser realizada nas ruas da cidade de São Paulo. A Federação Paulista de Ciclismo considerou a edição de 2015 como a 69ª edição da prova, não considerando, portanto, as edições de 2012, 2013 e 2014 (dado que, se fossem computadas, a edição de 2015 seria a 72ª).[5] Em 2016, tendo alcançado o número de 2.129 participantes, foi considerada a prova com o maior número de participantes no Brasil.[6]
Em 2017, a prova, que é separada em três categorias,completa sua septuagésima primeira (71°) edição[7] e será localizada novamente na Avenida Lineu de Paula Machado, sentido USP, em frente ao portão do Jockey Club de São Paulo.[8] A categoria Aspirantes, com 2.410 atletas, vai ter sua largada às 06:45 da manhã e um percurso com o total de 28,3 quilômetros. Já a categoria Elite Masculina, com no máximo 325 atletas, possui sua largada às 08:02 da manhã e percorrera 96,4 km, concluindo uma volta de 28,3 km e três voltas de 22,7 km. Enquanto a Elite Feminina,[8] com cerca de 75 atletas, vai largar às 08:05 da manhã, e tem em seu percurso um total de 73,7 km, completando uma volta de 28,3 km e duas voltas de 22,7. Formada por no máximo 1.000 ciclistas, a categoria Federados apresenta sua largada às 08:00 da manhã e seu percurso tem a mesma distância do da elite masculina, 96,4 km, fazendo o mesmo número de voltas que a categoria elite masculino.[8]
Circuitos
Anos | Local | Distância elite masculino (Voltas) | Distância elite feminino (Voltas) |
2017-2018 | Avenida Lineu de Paula Machado | 96,4 km (4) | 73,7 km (3) |
2015-2016 | Avenida Lineu de Paula Machado | 54 km (2) | 25 km (1) |
2014 | Indaiatuba | 55 km (10) | 33 km (6) |
2008-2013 | Autódromo José Carlos Pace | 85.8 km (20) | 21.5 km (5) |
2007 | Cidade Universitária | 110 km | ? |
2002-2006 | Autódromo José Carlos Pace | 85.8 km (20) | 21.5 km (5) |
2001 | Parque Villa-Lobos | 80 km (20) | ? |
Vencedores
Em amarelo, edições disputadas sob o nome GP São Paulo Internacional de Ciclismo, desconsideradas na contagem oficial.
Edição | Ano | Vencedor (Elite Masculino) | Vencedora (Elite Feminino) |
72ª | 2018 | Francisco Ramon Chamorro[9] Brendo Morais Santos (Sub-23) | Luciene Ferreira da Silva Ana Paula Casetta (Sub-23) |
71ª | 2017 | Joel Cândido Prado Junior Caio Godoy Ormenese (Sub-23) | Luciene Ferreira da Silva Wellyda R. dos Santos (Sub-23) |
70ª | 2016 | Joel Cândido Prado[10] | Daniela Lionço[10] |
69ª | 2015 | Joel Cândido Prado | Camila Coelho |
3ª | 2014 | Flávio Cardoso | Camila Coelho |
2ª | 2013 | Roberto Pinheiro | Fernanda Souza |
1ª | 2012 | Francisco Ramon Chamorro | Luciene Ferreira [11] |
68ª | 2011 | Roberto Pinheiro | Fernanda da Silva |
67ª | 2010 | Francisco Ramon Chamorro | Débora Gerhard |
66ª | 2009 | Bruno Tabanez | Débora Gerhard |
65ª | 2008 | Michel Fernández García | Camila Coelho |
64ª | 2007 | Rafael Andriato | Luciene Ferreira |
63ª | 2006 | Renato Seabra [12] | Débora Gerhard [13] |
62ª | 2005 | Roberson Silva | Luciene Ferreira [14] |
61ª | 2004 | Nilceu dos Santos | Cláudia Carceroni Saintagne [15] |
60ª | 2003 | John Lieswyn | Ana Cristina Matto [16] |
59ª | 2002 | Rodrigo de Mello Brito | Cláudia Carceroni Saintagne [17] |
58ª | 2001 | Nilceu dos Santos | Jaqueline Mantovani [18] |
57ª | 2000 | Murilo Fischer | Janildes Fernandes |
56ª | 1999 | Patrique Gama Azevedo | Janildes Fernandes |
55ª | 1998 | Luciano Pagliarini | Janildes Fernandes |
54ª | 1997 | Valdir Lermen | Alessandra dos Santos |
53ª | 1996 | Valdir Lermen | Ieda Botelho |
52ª | 1995 | Hernandes Quadri Júnior | Rosane Minervino |
51ª | 1994 | Fábio Veloso Santos | Ieda Botelho |
50ª | 1993 | Jamil Suaiden | Carla Camargo Gardenal |
49ª | 1992 | Márcio May | Cláudia Carceroni Saintagne |
48ª | 1991 | Wanderley Magalhães | Cláudia Carceroni Saintagne |
47ª | 1990 | Wanderley Magalhães | Flávia Salvi |
46ª | 1989 | Wanderley Magalhães | Cibele Santini |
45ª | 1988 | Ailton Souza | N/A |
44ª | 1987 | Antônio Silvestre | N/A |
43ª | 1986 | Marcos Mazzaron | N/A |
42ª | 1985 | Ailton Souza | Cláudia Tourinho |
41ª | 1984 | Gilson Avaristo | N/A |
40ª | 1983 | Gabriel Rodrigues | N/A |
39ª | 1982 | Ailton Souza | N/A |
38ª | 1981 | Gilson Avaristo | N/A |
37ª | 1980 | Jair Braga | N/A |
36ª | 1979 | Sérgio Aliste | N/A |
35ª | 1978 | Edgar Cueto Garcia | N/A |
34ª | 1977 | Miguel Duarte Silva | N/A |
33ª | 1976 | Roberto Castroman | N/A |
32ª | 1975 | Hector Rondon | N/A |
31ª | 1974 | Juan Carlos Haedo | N/A |
30ª | 1973 | Saul Alcântara | N/A |
29ª | 1972 | José George Breve | N/A |
28ª | 1971 | Miguel Duarte Silva | N/A |
27ª | 1970 | Saul Alcântara | N/A |
26ª | 1969 | Luiz Carlos Flores | N/A |
25ª | 1965 | Luiz Carlos Fonseca | N/A |
24ª | 1964 | Antônio Ferreira | N/A |
23ª | 1963 | Tércio Andrade | N/A |
22ª | 1962 | José Élcio Corá | N/A |
21ª | 1961 | Cláudio Rosa | N/A |
20ª | 1960 | Rubens Etchebarne | N/A |
19ª | 1959 | Luigi Cussigh | N/A |
18ª | 1958 | Cláudio Rosa | N/A |
17ª | 1957 | Arthur Coelho | N/A |
16ª | 1956 | Antônio Alba | N/A |
15ª | 1955 | Antonio Barbosa Alves | N/A |
14ª | 1952 | Antonio Barbosa Alves | N/A |
13ª | 1951 | Pedro Salas | N/A |
12ª | 1950 | José Taccone | N/A |
11ª | 1949 | Fernando Moreira | N/A |
10ª | 1948 | Jorge Oliveira | N/A |
9ª | 1947 | Rolando Montesi | N/A |
8ª | 1940 | José Magnani | N/A |
7ª | 1939 | Arthur Ferreira | N/A |
6ª | 1938 | Rolando Montesi | N/A |
5ª | 1937 | Rolando Montesi | N/A |
4ª | 1936 | Luiz Lima | N/A |
3ª | 1935 | Amélio Sorto | N/A |
2ª | 1934 | José Magnani | N/A |
1ª | 1933 | José Magnani | N/A |
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n «Prova Ciclística 9 de Julho - Gazeta Esportiva». www.gazetaesportiva.com. Consultado em 18 de abril de 2017
- ↑ «Federação Paulista de Ciclismo – 70ª Prova Ciclística 9 de Julho – Regulamento». Consultado em 19 de abril de 2017
- ↑ A nova 9 de Julho[ligação inativa]
- ↑ «Prova 9 de Julho muda de nome para GP São Paulo Internacional de Ciclismo» (bikemagazine.com.br)
- ↑ fpciclismo.org.br. «Osasco conquista título da 69ª Prova Ciclística 9 de Julho». 10-07-2015. Consultado em 2 de fevereiro de 2016
- ↑ Imprensa FPC (29 de março de 2017). «Prova Ciclística 9 de Julho abre as inscrições.». Federação Paulista de Ciclismo. Consultado em 24 de abril de 2017
- ↑ «71ª Prova Ciclística 9 de Julho 2017: inscrições abertas - Gazeta Esportiva». www.gazetaesportiva.com. Consultado em 3 de maio de 2017
- ↑ a b c «Prova Ciclística 9 de Julho - Gazeta Esportiva». www.gazetaesportiva.com. Consultado em 24 de abril de 2017
- ↑ https://www.gazetaesportiva.com/prova9dejulho/#resultados
- ↑ a b «Joel Prado Júnior e Daniela Lionço são campeões da Prova Ciclística 9 de Julho 2016». Revista Ride Bike. 10 de julho de 2016. Consultado em 23 de abril de 2017. Arquivado do original em 24 de abril de 2017
- ↑ http://www.cbc.esp.br/default/admin/arquivos/Elite-Masculina2%20GP%20SAO%20PAULO%209%20DE%20JULHO.pdf Resultados 2012 (masculino)
- ↑ {{citar web | url=http://www.cbc.esp.br/provas_2006/9julho/resultados9julho.htm | título=Resultados 2006 (masculino)
- ↑ http://www.scott.com.br/news_noticias.asp?ano=2006&codigo=1701[ligação inativa] Resultados 2006
- ↑ http://www.cbc.esp.br/provas_2005/9julho/09-07.htm Resultados 2005
- ↑ http://www.cbc.esp.br/provas_2004/9julho/result.htm Resultados 2004
- ↑ http://www.cbc.esp.br/Provas/9julho/9julho.htm Resultados 2003
- ↑ http://www.andersonbicicletas.com.br/reportagens/noticias_nove_de_julho.php Resultados 2002
- ↑ http://www1.an.com.br/2001/jul/16/0esp.htm Arquivado em 2 de outubro de 2011, no Wayback Machine. Resultados 2001
Ligações externas
- Todos os campeões no Mémoire du Cyclisme (fra)
- Resultados 2011
- Resultados 2010
- Resultados 2009
- Resultados 2008
- Resultados 2007 (masculino)
- Vencedores 2007
- Portal do ciclismo
- Portal de São Paulo