Pró-fármaco

Os pró-fármacos são fármacos que são administrados em forma inativa, sendo ativados somente após biotransformação (metabolismo normal). Estes podem melhorar a absorção ou a ação. Podem ter ativação intracelular ou extracelular.[1]

Normalmente uma droga é administrada na forma ativa e inativada pela biotransformação.

Exemplos

  • Fosamprenavir (antiviral inativo) é hidrolisado em amprenavir (ativo).
  • Levodopa é bioactivada pela DOPA descarboxilase à dopamina ativa.
  • Devido à menor polaridade, a pivampicilina é mais facilmente absorvida no intestino. É posteriormente convertida em ampicilina, no sangue, pela enzima esterase.
  • A codeína, heroína, e outros opioides são convertidos em morfina pela enzima do citocromo P450 CYP2D6.

No entanto, em torno de 10% da população caucasoide não consegue converter a codeína em morfina no fígado, por defeitos genéticos.[2]

  • A lisdexanfetamina, pró-fármaco da dextroanfetamina, utilizada no tratamento do TDAH e narcolepsia.

História

Albert, no ano de 1958, foi quem primeiro chamou os compostos que necessitavam de biotransformação para estabelecer seu efeito de pró-fármacos. Harper, em 1959, incluiu o termo latenciação para o processo de obtenção destes espécimes de fármacos. Somente a partir dos anos 70 a latenciação tornou-se mais elucidada, devido a farmacocinética ganhar maior compreensão pelos pesquisadores. Muitos outros termos já foram usados, mas pró-farmaco foi o mais bem aceito e estabelecido.[3]

Notas e referências

  1. http://www.medicinenet.com/script/main/art.asp?articlekey=23992
  2. Goodman & Gilman. As bases farmacológicas da terapêutica. [tradução da 10. ed. original, Carla de Melo Vorsatz. et al] Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2005.
  3. Quím. Nova vol.22 n.1 São Paulo Jan./Feb. 1999. «O processo de latenciação no planejamento de fármacos». Consultado em 13 de outubro de 2009 
  • Portal da farmácia