Fernando Bastos de Ávila

Fernando Bastos de Ávila Academia Brasileira de Letras
Nascimento 17 de março de 1918
Copacabana
Morte 6 de novembro de 2010 (92 anos)
Belo Horizonte
Cidadania Brasil
Ocupação teólogo, professor universitário, padre, escritor
Empregador(a) Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Religião Igreja Católica
[edite no Wikidata]

Fernando Bastos de Ávila (Rio de Janeiro, 17 de março de 1918 — Belo Horizonte, 6 de novembro de 2010) foi um escritor e padre brasileiro da Companhia de Jesus, em razão do que assinava Fernando Bastos de Ávila, S.J..

Biografia

Filho do professor José Bastos de Ávila e de D. Cinyra Muniz Freire Bastos de Ávila, entrou para a Companhia de Jesus em 1935, onde começou o seu noviciado. Ali fez cursos de Humanidades, Retórica e Filosofia Escolástica. Fez o mestrado em Roma, Itália, em Filosofia e Teologia na Universidade Gregoriana e em 1948, em Roma, recebeu sua ordenação sacerdotal. Seu doutorado em Ciências Políticas e Sociais foi na Universidade Católica de Louvain, Bélgica, onde defendeu a tese L’Immigration au Brésil.

Em 1955 criou a Escola de Sociologia, Política e Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro,[1] onde lecionou de 1954 a 2010 as cadeiras de Sociologia, Introdução às Ciências Sociais, Ética e Doutrina Social da Igreja. No exercício da função de Vice-Reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, juntamente com Evaristo de Moraes Filho e Djacir Menezes, empenhou-se na luta pelo reconhecimento da profissão de sociólogo, que ganhou aprovação por parte do então Ministério da Educação e Cultura. Em 1990, foi nomeado pelo Papa João Paulo II membro da Comissão Pontifícia Justiça e Paz,[2] da qual é um dos relatores, havendo sido reconduzido para o cargo em 1996.

Foi o articulador da criação do do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento (IBRADES), orgão de assessoria da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e seu primeiro diretor.

Sexto membro da cadeira 15 da Academia Brasileira de Letras, foi eleito em 14 de agosto de 1997, sucedendo a Dom Marcos Barbosa, e tomou posse em 12 de novembro de 1997.

Faleceu no início da manhã do dia 6 de novembro de 2010, aos 92 anos, na cidade de Belo Horizonte, em decorrência de câncer.[3]

Obras

A obra de Padre Ávila — quinze livros publicados e numerosos ensaios, artigos e conferências — pode ser classificada em sociologia teórica, problemas brasileiros, história e doutrina social da Igreja. Autor de O problema da imigração, O pensamento social cristão antes de Marx, Fé cristã e compromisso social, Solidarismo: alternativa para a globalização, A Igreja e o Estado no Brasil: perspectivas e prospectivas, Pequena Enciclopédia de Doutrina Social da Igreja, Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo, Reflexão cristã sobre o meio ambiente, entre tantos títulos, ele era considerado um polímata da cultura brasileira.

Referências

  1. «Morre padre Fernando Bastos de Ávila, membro da ABL e ex-reitor da PUC-Rio. Página do Instituto Humanistas - UNISINOS, acessada em 18 de novembro de 2010». Consultado em 18 de novembro de 2010. Arquivado do original em 11 de julho de 2011 
  2. «Nota de pesar pelo falecimento do padre Fernando Bastos de Ávila». Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Consultado em 8 de novembro de 2010. Arquivado do original em 11 de novembro de 2010 
  3. Terra. «Morre em BH o acadêmico da ABL padre Ávila». Consultado em 6 de novembro de 2010 

Ligações externas

  • Perfil no sítio oficial da Academia Brasileira de Letras
  • [ligação inativa] Biografia no sítio oficial da Companhia de Jesus


Precedido por
Marcos Barbosa
ABL - sexto acadêmico da cadeira 15
1997 — 2010
Sucedido por
Marco Lucchesi


  • v
  • d
  • e
Cadeiras 1 a 10
1 (Adelino Fontoura)
2 (Álvares de Azevedo)
3 (Artur de Oliveira)
4 (Basílio da Gama)
5 (Bernardo Guimarães)
6 (Casimiro de Abreu)
7 (Castro Alves)
8 (Cláudio Manuel da Costa)
9 (Gonçalves de Magalhães)
10 (Evaristo da Veiga)
Cadeiras 11 a 20
11 (Fagundes Varella)
12 (França Júnior)
13 (Francisco Otaviano)
14 (Franklin Távora)
15 (Gonçalves Dias)
16 (Gregório de Matos)
17 (Hipólito da Costa)
18 (João Francisco Lisboa)
19 (Joaquim Caetano)
20 (Joaquim Manuel de Macedo)
Cadeiras 21 a 30
21 (Joaquim Serra)
22 (José Bonifácio)
23 (José de Alencar)
24 (Júlio Ribeiro)
25 (Junqueira Freire)
26 (Laurindo Rabelo)
27 (Maciel Monteiro)
28 (Manuel Antônio de Almeida)
29 (Martins Pena)
30 (Pardal Mallet)
Cadeiras 31 a 40
31 (Pedro Luís)
32 (Manuel de Araújo Porto-Alegre)
33 (Raul Pompeia)
34 (Sousa Caldas)
35 (Tavares Bastos)
36 (Teófilo Dias)
37 (Tomás António Gonzaga)
38 (Tobias Barreto)
39 (Visconde de Porto Seguro)
40 (Visconde do Rio Branco)
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