Em teoria dos grupos, se
é um subgrupo de um grupo
e
, o subconjunto de
, definido por
é chamado de uma coclasse (à direita) de
em
, ou de classe lateral (à direita) de
em
. Analogamente, chamamos de coclasse (à esquerda) de
em
, ou de classe lateral (à esquerda) de
em
, o subconjunto de
, definido por
.
As terminologias vem do fato de as coclasses serem classes de equivalência das seguintes relações de equivalência:
, para as coclasses à direita e
, para as coclasses à esquerda.[1]
Dada uma partição de um conjunto, um sistema de representantes é um conjunto
que tem exatamente um elemento em cada subconjunto da partição. Ou seja, se
for um representante da coclasse
, é claro que para um
para certo
, então
, e, portanto
é outro representante da mesma coclasse
.
Quando o conjunto das coclasses (à direita ou à esquerda) de
em
é finito, dizemos que
é um subgrupo de índice finito em
, e a cardinalidade do conjunto das coclasses é chamado índice de
em
, e denotado por
, ou também por
. A definição de índice é independente de ter sido tomado uma coclasse à direita ou à esquerda, pois a aplicação
dada por
estabelece uma bijeção bem definida entre os dois conjuntos, o que
não faz, por não ser bem definida (e, portanto não é função!), pois a imagem depende do representante da coclasse.[2]
As coclasses são ferramentas básicas para o estudo de grupos; por exemplo, elas cumprem um papel fundamental no teorema de Lagrange.
Referências
- ↑ Garcia, Arnaldo. & Lequain, Yves. Elementos de álgebra (6.ed.). Rio de Janeiro: IMPA, 2013. ISBN 978-85-244-0190-9
- ↑ Martin, Paulo A. Grupos, corpos e teoria de Galois. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2010. ISBN 978-85-7861-065-4